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Apontamentos:

HAROCHE, Claudine; PÊCHEUX, Michel e HENRY, Paul. A Semântica e o Corte Saussureano: Língua, Linguagem, Discurso. São Carlos: Claraluz, 2005.

Abordagem Linguística

p. 2 - Um conjunto de conceitos que foram (...) ligada a esses conceitos.

Analogia

p.12 - o Curso de Lingüística Geral partilha do ponto de vista de que a analogia não caminha em direção ao centro da ruptura que, por outro lado, ali se manifesta. Cremos que é preciso ir mais longe e deixar claro que, se essa ruptura abre passagem para a fonologia, para a sintaxe e para a morfologia, deixa entretanto de fora de seu campo uma boa parte daquilo que atribuímos à semântica.

 

Deslizamento

p. 4- As diversas explorações ideológicas das atuais teorias lingüísticas (e não, para sermos mais precisos, dos conhecimentos lingüísticos) se caracterizam por um deslizamento contínuo entre língua e linguagem, conjugado a um retorno forçado a um empirismo renovado[5] pelo formalismo. Para resumir, em nome da própria ruptura saussuriana, defende-se, em certa medida, o oposto.

discurso

p.26 - (...)as palavras mudam de sentido segundo as posições ocupadas por aqueles que as empregam.

 

Fonema

p.6- determina o conjunto dos traços (...) de significação que podem ser usados.

Formação Ideológica

p. 10 - Na conjuntura ideológica característica (...) em conflito umas em relação às outras.

Formação ideológica

p.26 - Falaremos de formação ideológica para caracterizar um elemento suscetível de intervir – como uma força confrontada a outras forças – na conjuntura ideológica característica de uma formação social em um momento dado. Cada formação ideológica constitui desse modo um conjunto complexo de atitudes e de representações que não são nem “individuais” e nem “universais”, mas que se relacionam mais ou menos diretamente a posições de classes em conflito umas em relação às outras.

Formações discursivas 

“(…)que determinam o que pode e deve ser dito (articulado sob a forma de uma arenga, de um sermão, de um panfleto, de uma exposição, de um programa, etc.) a partir de uma posição dada numa conjuntura dada: o ponto essencial aqui é que não se trata apenas da natureza das palavras empregadas, mas também (e sobretudo) de construções nas quais essas palavras se combinam, na medida em que elas determinam a significação que tomam essas palavras: […]as palavras mudam de sentido segundo as posições ocupadas por aqueles que as empregam. […]as palavras ‘mudam de sentido’ ao passar de uma formação discursiva a outra.

 

Língua-fala

p. 5 - a oposição língua-fala introduzida por Saussure se encontra repetida analogicamente no interior da fala sob a forma da oposição sistema/criatividade (resultante da transposição de oposições tais como paradigma/sintagma, sincronia/diacronia, etc.).

Materialismo histórico

p. 8- Não é portanto inútil lembrar, muito brevemente, que, sendo dada uma formação social a um momento determinado de sua história, ela se caracteriza, por meio do modo de produção que a domina, por um estado determinado pela relação entre classes que a compõem. Essas relações se expressam por intermédio da hierarquia das práticas que esse modo de produção necessita, sendo dado aparelhos por meio dos quais se realizam essas práticas; à essas relações correspondem posições políticas e ideológicas, que não constituem indivíduos, mas que se organizam em formações que mantêm entre si uma relação de antagonismo, de aliança ou de dominação.

Noção de sistema

p.6- Complemento indispensável da criatividade no interior do campo da linguagem.

Noção de universo imanente da significação

p.8- sistema metalinguístico.....(...) como uma rede.

Posição epistemológica laxista

p. 8 - Leva a considerar as ciências (...) mais eficaz de apreender a realidade.

Princípio da subordinação ao valor

p.17 – O princípio da subordinação ao valor pode ser considerado como o centro da ruptura saussuriana. E esse princípio, estreitamente ligado à ideia de língua como sistema, que abre a possibilidade de uma teoria geral da língua, permitindo a interpretação de particularidades fonológicas, sintáticas e morfológicas de qualquer língua. Mas e a semântica? Devido ao papel que nela se atribui à fala e ao sujeito, tudo aquilo que diz respeito à analogia encontra-se em segundo plano em relação a essa ruptura. Isso porque a subordinação da significação ao valor quanto a tudo que se refira ao “fato linguístico em sua essência e em sua amplitude” tem precisamente por efeito interromper bruscamente todo retorno ao sujeito, quando se trata da língua: a significação é de ordem da fala e do sujeito, só o valor diz respeito a língua.

Princípio da subordinação da significação ao valor

p. 4 - Pode ser considerado como o centro (...) sintáticas e morfológicas de qualquer língua.

Ruptura Saussariana

p. 191 O princípio da subordinação da significação ao valor pode ser considerado como o centro da ruptura saussuriana

Semântica

p. 2 - Estudo da mudança de sentido das palavras.

p. 2 - a semântica (enquanto teoria das regiões deixadas de lado do campo de aplicação dos conceitos e da prática dos lingüistas) supõe uma mudança de terreno ou de perspectiva.

Semântica Discursiva

p. 11- A análise científica (...) formação discursiva.

p.13  -Devido ao papel que nela se atribui à fala e ao sujeito, tudo aquilo que diz respeito à analogia encontra-se em segundo plano em relação a essa ruptura. Isso porque a subordinação da significação ao valor quanto a tudo que se refira ao “fato lingüístico em sua essência e em sua amplitude” tem precisamente por efeito interromper bruscamente todo retorno ao sujeito, quando se trata da língua: a significação é de ordem da fala e do sujeito, só o valor diz respeito a língua.

p.16 - (..)“semânticas gerais” foram propostas, mas elas não fornecem quase nada de princípios que permitam depreender as particularidades das línguas, ou dos estados de língua, etc, como é o caso da fonologia, da morfologia ou da sintaxe. Existem, por outro lado, descrições semânticas de diversas línguas, mas são descrições que permanecem sem ligação com as teorias. Se elas permanecem em grande parte desligadas de descrições concretas das línguas, as semânticas gerais nem por isso se libertam de todos “dados concretos”.
p.17 -  (...) o laço que une as “significações” de um texto às suas condições sócio-históricas não é meramente secundário, mas constitutivo das próprias significações. Como havíamos acertadamente observado, falar é diferente de produzir um exemplo de gramática.

p. 20 - (...) o laço que une as "significações" de um texto às suas condições sócio-históricas não é meramente  secundário, mas constitutivo das próprias significações/ p. 21- (...) todo discurso comportaria uma parcela de "ruído semântico" já que, sendo dadas as disponibilidades lexicais (...) redundantes em relação à manifestação global da significação dos discursos  em questão.

p. 23-  Isso corresponde a dizer que a semântica, suscetível de descrever cientificamente uma formação discursiva, assim como as condições de passagem de uma formação a outra, não saberia se restringir a uma semântica lexical (ou gramatical), mas deve procurar fundamentalmente dar conta dos processos, administrando a organização dos termos em uma seqüência discursiva, e isso em função das condições nas quais essa seqüência discursiva é produzida. Chamaremos de “semântica discursiva” a análise científica dos processos característicos de uma formação discursiva, essa análise que leva em consideração o elo que liga esses processos às condições nas quais o discurso é produzido (às posições às quais deve ser referido).
p. 33 -O primeiro ponto diz respeito à urgente necessidade de se definir de qual semântica o lingüista pode legitimamente fazer uso em sua prática lingüística (análise fonológica, morfológica e sintática). A questão da identidade de sentido (cf. acima) – particularmente em sua relação ao estudo lingüístico das transformações – é decisiva quanto a isso, e supõe que o uso espontâneo da noção de aceitabilidade (semântica e gramatical) seja determinado pelos lingüistas no campo específico de sua prática.

s/n (online) - Nessas condições, a semântica (enquanto teoria das regiões deixadas de lado do campo de aplicação dos conceitos e da prática dos lingüistas) (...).s/n (online) - (...) a semântica estava reduzida ao estudo da mudança de sentido das palavras. Se nos reportarmos ao Curso de Lingüística Geral, é preciso inicialmente observar que a palavra semântica não figura nele.s/n (online) -  (...) existe uma estreita relação entre essa concepção da semântica e o modo como a questão do valor é tratada no Curso de Lingüística Geral, (...) não se trata mais dos valores, mas das significações

 

Valor

s/n (online) - (...) do ponto de vista lingüístico, o valor domina a significação.
s/n (online) - O princípio da subordinação da significação ao valor pode ser considerado como o centro da ruptura saussuriana.
s/n (online) - (...) uma vez anulada a distinção significação-valor, o princípio de unidade da língua pode ser perfeitamente reinscrito em qualquer ideologia que coloque a universalidade do espírito humano e a intercambialidade dos sujeitos falantes.

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