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Fichamentos 

INDURSKY, Freda. Lula lá: estrutura e acontecimento. Organon, Porto Alegre: UFRGS, v. 17, n. 35, p. 101-121, 2003.

Acontecimento discursivo

p.107 - Quando um acontecimento discursivo sucede (...) do sentido outro, que o precede.

 

Esquecimento

p.102 - E o sujeito, como nos mostram Pêcheux e Fuchs (1975), afetado pelo esquecimento, ao apropriar-se destes saberes, o faz a partir da ilusão de que tais saberes se originam nele mesmo, quando, de fato, eles representam já-ditos que foram produzidos em outros discursos(...)

Memória

p.103 - Estou me referindo o tempo todo (...) analisar o enunciado discursivo Lula lá.

Noção de estrutura

p. 103 – A existência vertical dos enunciados e sua capacidade de serem repetidos é explicada pela noção de estrutura. Os saberes pré-existentes ao discurso do sujeito encontram-se no interior de uma estrutura vertical, seja ela a FD que afeta o sujeito do discurso ou o interdiscurso. Dito de outra forma: ao inscrever seu discurso na ordem da repetibilidade, o sujeito produz um duplo movimento. Inicialmente retira seu discurso de uma rede de formulações pré-existentes (COURTINE, 1981) e, ato contínuo, re-inscreve seu dizer nesta mesma rede de formulações. Ou seja: os saberes originam-se na rede de formulações e a ela retornam, instituindo uma espécie de moto perpétuo ou, se preferirmos, um ciclo de repetibilidade.

Noção de repetibilidade

p. 102 – Isto explica algumas noções caras à Análise do Discurso (AD): por um lado, ilumina o significado da noção de repetibilidade e, por outro, esclarece a noção de estrutura, tal como ela pode ser entendida quando o objeto de reflexão é o discurso. E mais: isto vem mostrar que, em Análise do Discurso, tais noções não existem isoladas umas das outras, mas elas formam uma rede de relações teórico-analíticas. No caso que aqui nos mobiliza, podemos verificar que os saberes pré-existem ao discurso de um sujeito; mais especificamente: a existência destes saberes é vertical e sua sede é a Formação Discursiva e, antes dela, o interdiscurso. Tais saberes são o que designo, acompanhando, para tanto, Foucault (1972) e Courtine (1981) de enunciados. Mais especificamente, denomino-os de enunciados discursivos (INDURSKY, 1997).

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