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Apontamentos:

COURTINE, Jean Jacques. Definição de orientações teóricas e construção de procedimentos em Análise do Discurso. Policromias – Revista de Estudos do Discurso, Imagem e Som, [S.I.], v. 1, n.1, jun.2016. ISSN 24482935.

Base linguística e processos discursivos/ideológicos

p. 16 – A distinção entre base linguística e processos discursivos/ideológicos decorre da tese colocada acima, a de que essa base faz da relação do linguístico com o ideológico a própria materialidade do discursivo: ela pode autorizar assim levar em conta as relações de antagonismo, aliança, recuperação, absorção... entre as formações discursivas relevantes de formações ideológicas determinadas e exprimir, assim, o fato de que dentro de uma dada conjuntura da história de uma formação social, caracterizada por um estado de relações sociais, os sujeitos falantes, naquele momento da história, pudessem concordar ou discordar do sentido a dar às palavras, falar diferentemente, ao falar a mesma língua.

 

Condições de produção do discurso, corpus

p. 20 – A noção de condições de produção do discurso regula, em AD, a relação entre a materialidade linguística de uma sequência discursiva e as condições históricas que determinam sua produção; ela funda, assim, os procedimentos de constituição de corpus discursivos (conjunto de sequências discursivas dominadas por um determinado estado, suficientemente homogêneo e estável, das condições de produção do discurso).

 

Efeitos de sentido

p.15 - Se os processos discursivos constituem a fonte da produção dos efeitos de sentido no discurso, a língua, pensada como uma instância relativamente autônoma, é o lugar material onde se realizam os efeitos de sentido.

 

Enunciado

p. 23- Chamamos enunciado ([E]) os elementos do saber próprios a uma FD. Nós concebemos o enunciado como uma forma, ou um esquema geral, que governa a "repetibilidade" no seio de uma rede de formulações./

 

Formação Discursiva

p.19 - Consideramos assim uma FD como uma unidade (...) que se desloca em função das questões da luta ideológica.

Formação Discursiva

p. 19 - Consideramos assim uma FD como uma unidade dividida, uma heterogeneidade em relação a si mesma: o encerramento de uma FD é fundamentalmente instável (...) mas se inscreve entre diversas FD como uma fronteiras que se desloca em função das questões da luta ideológica./ p. 19 (...) em vez de caracterizar separadamente ou diferencialmente as FDs(...) isto é, acolhidos, absorvidos, reconfigurados ou, ao contrário, negados, ou mesmo ignorados...

 

Interdiscurso

p. 23 - O interdiscurso de uma FD (...) pode ser referido como aquele que rege o deslocamento de suas fronteiras.

Interdiscurso

p. 23 – O interdiscurso de uma FD deve assim ser pensado como um processo de reconfiguração incessante pelo qual o saber de uma FD é conduzido, em função das posições ideológicas que esta FD representa em uma conjuntura determinada, a incorporar os elementos pré-construídos produzidos no exterior dela mesma, para gerar sua redefinição ou retorno; para suscitar também a retomada de seus próprios elementos, a organizar a repetição, mas também para lhe provocar, eventualmente, seu apagamento9 , esquecimento ou mesmo sua degeneração. O interdiscurso de uma FD, como instância de formação/repetição/transformação dos elementos do saber daquela FD, pode ser referido como aquele que rege o deslocamento de suas fronteiras.

 

Intradiscurso

O intradiscurso de uma sequência discursiva aparece assim como o lugar onde se realiza a sequencialização dos elementos do saber, onde desnivelação interdiscursiva do [E] é linearizada, provocando um achatamento em uma superfície única de [e] articuladas.

 

Posição de Sujeito

p. 33- Se uma posição de sujeito se define (...) um lugar demarcado por uma contradição.

 

Posição teoricista

p. 17 - Em suma, a posição teoricista constitui(...) antes de ter sido posto.

 

Posição-sujeito

p.24 - Chamaremos de domínio da forma sujeito(...) com os efeitos discursivos específicos que lhes são associados.

processos discursivos

p. 15 – “Se os processos discursivos constituem a fonte da produção dos efeitos de sentido no discurso, a língua, pensada como uma instância relativamente autônoma, é o lugar material onde se realizam os efeitos de sentido.”.

 

Rede de Formulações

p. 23 - Uma rede de formulações consiste em um conjunto (...) como pré-construídos, os [E] os articulam.

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